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2 de abril de 2024No Brasil, a profissão do técnico de enfermagem é fundamental no Sistema Único de Saúde (SUS). Esses profissionais desempenham um papel crucial na promoção da saúde e bem-estar dos pacientes, garantindo o bom funcionamento das instituições de saúde.
Neste texto, abordaremos a formação, duração do curso, áreas de atuação e perspectivas para essa carreira no Brasil.
Formação e Duração do Curso
Para se tornar um técnico de enfermagem no Brasil, é necessário concluir um curso técnico em enfermagem, é ofertado por instituições de ensino públicas e privadas em todo o país. A formação é regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC) e deve seguir as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o que garante a qualidade e padronização do ensino.
O curso técnico em enfermagem possui duração média de 18 a 24 meses, dependendo da instituição e da carga horária. A formação é dividida em três componentes principais: teoria, prática e estágio supervisionado.
Na parte teórica, os alunos aprendem conteúdos relacionados à anatomia, fisiologia, microbiologia, imunologia, ética e legislação em enfermagem, psicologia aplicada, farmacologia, entre outros. Já na parte prática, são realizadas atividades em laboratórios e simulações de situações reais de atendimento aos pacientes.
O estágio supervisionado é obrigatório, e ocorre geralmente no final do curso. Esse período possibilita aos estudantes aplicarem os conhecimentos adquiridos em ambientes reais de trabalho, como hospitais, clínicas, unidades de saúde e outros estabelecimentos, sob a supervisão de profissionais experientes.
Áreas de Atuação
A área de atuação dos técnicos de enfermagem é ampla. Eles podem trabalhar desde serviços burocráticos até serviços mais complexos, nas assistências aos pacientes.
Os técnicos de enfermagem podem atuar em diversos segmentos do setor de saúde, como:
- Hospitais: trabalham em conjunto com enfermeiros e médicos, auxiliando no cuidado direto aos pacientes, realizando procedimentos técnicos, administrando medicamentos, monitorando sinais vitais, além de prestar suporte emocional e psicológico aos pacientes e familiares.
- Unidades de saúde pública: atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Estratégia Saúde da Família (ESF), entre outros, colaborando na promoção da saúde, prevenção de doenças, e apoio ao tratamento de pacientes.
- Home care: fornecem assistência a pacientes que necessitam de cuidados em domicílio, realizando procedimentos técnicos, acompanhando a evolução do quadro clínico e atuando na reabilitação do paciente.
- Clínicas e consultórios: trabalham em conjunto com médicos e enfermeiros, auxiliando na realização de exames, administração de medicamentos e orientação aos pacientes sobre tratamentos e cuidados.
- Ambulatórios e unidades de saúde ocupacional: auxiliam na realização de exames admissionais, demissionais e periódicos, colaborando com a promoção da saúde e prevenção de doenças no ambiente de trabalho.
- Centros de educação e pesquisa: atuam como instrutores em cursos de capacitação e atualização na área da saúde, ou como colaboradores em projetos de pesquisa relacionados à enfermagem.
- Saúde mental: trabalham em centros de atenção psicossocial, hospitais psiquiátricos e outros serviços especializados, prestando apoio e cuidados a pacientes com transtornos mentais.
- Saúde do idoso: atuam em instituições de longa permanência, como asilos e casas de repouso, auxiliando no cuidado e acompanhamento de idosos.
- Saúde materno-infantil: trabalham em maternidades, unidades neonatais e pediátricas, auxiliando no cuidado de gestantes, puérperas e crianças.
- Emergência e urgência: atuam em serviços de atendimento móvel de urgência (SAMU) e em setores de emergência de hospitais, prestando suporte no atendimento a pacientes em situações críticas.
Esses são alguns dos seguimentos e ainda tem Centro Cirúrgico, UTI, Central de Material Esterilizado, Enfermagem do Trabalho, entre outros.
Perspectivas para a carreira por técnicos de enfermagem
A demanda por técnicos de enfermagem no Brasil é crescente devido à expansão do sistema de saúde e ao envelhecimento da população. Além disso, a crescente conscientização sobre a importância da prevenção e promoção da saúde também contribui para a valorização desses profissionais.
Há oportunidades para crescimento profissional na área, como a realização de cursos de especialização e a progressão na carreira, podendo se tornar enfermeiro após a conclusão de uma graduação em enfermagem.
O salário dos técnicos de enfermagem varia conforme a região, experiência e área de atuação, sendo a média salarial no Brasil em torno de R$1.800,00 a R$3.000,00. A Lei 14.434/2022, estabelece o piso nacional do enfermeiro no valor de R$ 4.750,00. Para o técnico de enfermagem, o piso salarial é de R$ 3.325,00.
COFEN e COREN
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), é a entidade responsável pela regulamentação e fiscalização do exercício profissional da enfermagem no Brasil, incluindo os técnicos de enfermagem. Ele é composto por representantes dos Conselhos Regionais de Enfermagem (COREN), que atuam em nível estadual.
Os CORENs são responsáveis pela fiscalização e supervisão das atividades profissionais dos técnicos de enfermagem em suas respectivas regiões. Eles garantem que os profissionais atuem nos padrões éticos e técnicos estabelecidos, zelando pela qualidade dos serviços prestados e pela segurança dos pacientes.
Para exercer a profissão, o técnico de enfermagem deve ser registrado no COREN de sua região. O registro garante que o profissional tenha concluído a formação necessária e esteja apto a exercer suas atividades conforme as normas estabelecidas pelo COFEN.
O COFEN e os CORENs também atuam na promoção de aprimoramento profissional, realizando cursos, palestras, e eventos voltados para a atualização e capacitação dos profissionais da enfermagem, incluindo os técnicos de enfermagem. Dessa forma, as entidades contribuem para o desenvolvimento e valorização da profissão no país.
Profissão de técnico de enfermagem é essencial
A profissão de técnico de enfermagem é essencial para o funcionamento do sistema de saúde no Brasil. Com uma formação sólida e diversas possibilidades de atuação, esses profissionais contribuem para a melhoria da qualidade de vida da população e têm perspectivas positivas de carreira.
A valorização e o investimento na capacitação desses profissionais são fundamentais para garantir um atendimento de saúde eficiente e humanizado no país.
Fonte: souenfermagem.com.br